A hora tinha que chegar! Quero um pouco de polémica. Trago alguém que cria rupturas, tanto na música como em certos gostos pessoais. Homem de gostos híbridos, estilo próprio, não sei se canta, se geme, sei que faz um som diferente de todos os outros. Quando se ouve Tom Waits ficamos com a sensação de estarmos num motel, perdido algures numa estrada sem fim, numa noite de muita chuva, tabaco e uísque. Ou então todos estes condimentos mas num bordel.
A voz, os músicos, os instrumentos, as letras, fazem deste norte Americano um personagem surreal, por vezes de uma sensibilidade que incomoda, por outras um ser diabólico. Não há noção de equilíbrio, tudo pode acontecer é isso que me fascina em Tom Waits....
Tom Waits - Down in the Hole
Tom Waits - Telephone call from Istanbul
Tom Waits - Temptation
dezembro 31, 2009
dezembro 30, 2009
Hot Clube de Portugal
Excelente artigo sobre a história do Hot Clube, por João Moreira dos Santos in Jazz no País do Improviso!
Ler aqui
Ler aqui
Weather Report
Joe Zawinul, teclas - Wayne Shorter, sax - Jaco Pastorius, baixo - Peter Erskine, bateria
Offenbach, Alemanha, 29 Setembro 1978
Depois de Miles, o melhor do jazz eléctrico ou de fusão
Grammy Award for Best Jazz Fusion Performance 1979
Offenbach, Alemanha, 29 Setembro 1978
Depois de Miles, o melhor do jazz eléctrico ou de fusão
Grammy Award for Best Jazz Fusion Performance 1979
dezembro 29, 2009
Pat Metheny
Isto não é jazz! Diziam-me os entendidos. Se não é de facto jazz, então o que faz aqui um dos melhores guitarristas de jazz de sempre? Que tocou com algumas das maiores autoridades do jazz contemporâneo. Faz jazz de fusão, como todo o jazz, que é, sempre, uma música com muitas influências e origens.
Pat Metheny Group na tournée We live here no Japão em 1995.
Tive a felicidade de assistir a este espectáculo em Lisboa, no Coliseu. Inesquecível!
Pat Metheny site
Pat Metheny Group na tournée We live here no Japão em 1995.
Tive a felicidade de assistir a este espectáculo em Lisboa, no Coliseu. Inesquecível!
Pat Metheny site
Uma forma diferente: Jazz Manouche
Gybsy Jazz ou jazz cigano.
Caracterizado pelas loucas correrias pelo braço da guitarra, swing muito apressado. É impossível estar parado. Nomes como Jean "Django" Reinhardt na guitarra, Stéphane Grappelli no violino, Quintette du Hot Club de France, foram os primeiros músicos e projectos a avançar neste estilo vertiginoso de tocar.
Gerações mais recentes com nomes como, Babik Reinhardt, Biréli Lagrène, Sylvain Luc, Christian Escude continuam a alimentar a paixão, a chama....
Rosenberg Trio - For Sephora
A fusão entre o Jazz bossa e a elegância manouche
Outra abordagem de um clássico
Caracterizado pelas loucas correrias pelo braço da guitarra, swing muito apressado. É impossível estar parado. Nomes como Jean "Django" Reinhardt na guitarra, Stéphane Grappelli no violino, Quintette du Hot Club de France, foram os primeiros músicos e projectos a avançar neste estilo vertiginoso de tocar.
Gerações mais recentes com nomes como, Babik Reinhardt, Biréli Lagrène, Sylvain Luc, Christian Escude continuam a alimentar a paixão, a chama....
Rosenberg Trio - For Sephora
A fusão entre o Jazz bossa e a elegância manouche
Outra abordagem de um clássico
dezembro 28, 2009
Round Midnight - Wayne Shorter + Herbie Hancock
Não sei dizer quem influenciou quem. Se Miles a Shorter, se Shorter a Miles, mas que as duas linguagens estão interligadas, estão.
dezembro 27, 2009
Jazz em Cinema
Numa dinâmica mais visual e cinematográfica, venho neste espaço referenciar alguns filmes que acho importantes na divulgação do Jazz. Filmes que já passaram nas nossas salas de cinema, e nas nossas televisões. Ficção ou retratos fieis de estilos de vida, estes tiveram muita importância na divulgação áudio-visual desta vertente da música. Passo a citar alguns, pois existem centenas de películas neste domínio.
- Bird (Vida e obra de Charlie parker)
- Cotton Club (Vida e obra de Duke Ellington)
- Mo Better blues .
- Round About Midnight (Vida e obra de Bud Powell e Lester Young). Interpretado por Dexter Gordon, com elenco de luxo!
Round About Midnight.
Filme de 1986 de Bertrand Tavernier. Vida e obra de Bud Powell, interpretado por Dexter Gordon na personagem de Dale Turner. Retrata a passagem de músicos negros Norte Americanos para o velho continente. Procuravam fugir ao ostracismo de uma América racista, para encontrar na Europa fama e projecção.
Podemos ver Herbie Hancock, Bobby Hutcherson, Ron Carter, Wayne Shorter e outros.
Filme que foi consagrado com o prémio de melhor banda sonora de 1986. Sendo Dexter Gordon nomeado para um Óscar de melhor actor.
Autumn in New York- Por Dexter Gordon
- Bird (Vida e obra de Charlie parker)
- Cotton Club (Vida e obra de Duke Ellington)
- Mo Better blues .
- Round About Midnight (Vida e obra de Bud Powell e Lester Young). Interpretado por Dexter Gordon, com elenco de luxo!
Round About Midnight.
Filme de 1986 de Bertrand Tavernier. Vida e obra de Bud Powell, interpretado por Dexter Gordon na personagem de Dale Turner. Retrata a passagem de músicos negros Norte Americanos para o velho continente. Procuravam fugir ao ostracismo de uma América racista, para encontrar na Europa fama e projecção.
Podemos ver Herbie Hancock, Bobby Hutcherson, Ron Carter, Wayne Shorter e outros.
Filme que foi consagrado com o prémio de melhor banda sonora de 1986. Sendo Dexter Gordon nomeado para um Óscar de melhor actor.
Autumn in New York- Por Dexter Gordon
dezembro 26, 2009
dezembro 25, 2009
Diana Krall - Brasil e Natal
Numa tentativa de tornar este Natal mais quente proponho a abrasante Diana no Brasil e numa canção natalícia.
Sei que alguns não me vão perdoar este meu lado condescendente mas gosto dela. Que hei-de fazer!?
Sei que alguns não me vão perdoar este meu lado condescendente mas gosto dela. Que hei-de fazer!?
dezembro 24, 2009
Kind of Blue
Decorria o ano de 1959, e o músico Miles Davis decidiu surpreender tudo e todos com mais uma das suas....Depois de ter quebrado um enorme tabu jazzistico com o Birth of The Cool uns anos antes (1949/50), chegou a vez de Kind of Blue, essa sublime obra, por muitos caracterizada como uma pedrada no charco, devido aos poucos recursos de ordem técnica aplicados, mas de elevadíssima riqueza e ambiência sonora . Quebrou a tradição que vinha vindo a desenvolver no domínio de um hard bop, embora algo tímido e começou a desenvolver a modalidade, ou o Jazz Modal (termo muito utilizado e reclamado pelo pianista e criativo George Russell). A simplicidade de recursos técnicos associados a um elenco de luxo, tornou o Kind of Blue numa das mais perfeitas (e vendidas) obras de jazz da Historia universal da música.Conhecido pelo seu feitio difícil, Miles Davis surgiu mais calmo e mais "doce" que nunca!Uma obra realizada no céu, diria Jimmy Cobb, baterista de serviço nesta sessão.Muito já se disse sobre Kind of Blue, musicólogos, revistas da especialidade, músicos, críticos, etc... e uma coisa é consensual, é uma obra actualíssima, muito embora já se tenham passado 50 anos da sua realização. Tem frescura e é de culto.Há quem defenda que Miles Davis foi um visionário, um homem muito avançado para o seu tempo, numa América racista e castradora. Aos negros era destinada a franja da sociedade em vários domínios (cultural, social, politico, religioso, laboral) o sistema de oportunidades não era semelhante entre brancos e negros. Até nesse campo Miles Dewey Davis Jr. III, era um privilegiado pois provinha de uma família negra de classe média alta (o pai foi um dos primeiros dentistas negros).Não dotado de recursos musicais eclécticos, o nosso trompetista tinha uma capacidade criativa muito acima da média, diziam que podia dar um concerto só com variações de três acordes!Kind of Blue não é uma obra tecnicamente pungente, não transporta nos seus genes, os acordes vertiginosos do be bop, nem do hard bop, é uma obra inovadora e completamente intimista. Não há uma tensão no ar, não temos vontade de nos abanar, mas sim de flutuar, entrar em estado gasoso, levitar. Nirvana puro.Composto na sua versão comercial/original por 6 faixas gentilmente gravadas na Columbia Legacy Records, Kind of Blue, reuniu a nata jazzistica musical daqueles tempos. Com músicos uns mais conhecidos que outros, todos eles embarcaram numa viagem de sonho para a posterioridade. Momentos de estúdio de grande tensão devido ao feitio de Miles Davis também não faltaram! É de conhecimento público a pouca simpatia de Miles por músicos brancos, diz que teve alguns dissabores com Bill Evans ao gravar "Freddie Freeloader", disse que o som/acordes estavam "brancos" demais, foi quando chamou para a sessão um pianista negro só para gravar uma faixa! O feliz contemplado foi Wynton Kelly só assim ele conseguiu a expressão e tonalidade que queria dar ao tema. Muito exigente, obsessivo. Tinha olho clínico, moderava entre os melhores e os talentos emergentes.
Músicos:
Miles Davis- Tp
Julian Cannonball Adderley- sax alto ( excepto blue in green)
John Coltrane- sax tenor
Bill Evans- Piano (excepto freddie freeloader)
Wynton Kelly-Piano
Paul Chambers- Bass
Jimmy Cobb- Drums
Estes sete músicos entraram em estúdio e mudaram o percurso do jazz moderno . Será que foi noutra dimensão? Não digo metafisica, mas musical/ sonora foi com certeza. É um registo único, não se fez mais nada parecido até então!Homenagens pelo mundo jazzistico aconteceram pelo mundo inteiro a comemorar estes 50 anos tão jovens, muitos prestam vassalagem a esta pérola musical.Obra que mudou consciências estéticas e maneiras de estar.Os teóricos dizem que uma colecção de jazz sem o Kind of Blue, não é uma verdadeira colecção! A mim parece-me óbvio...
Publicado por Rafael Pereira
O DISCO em documentário.
Outra versão c/ legendas em francês
Kind of Blue-O tema Blues in Green
Edição comemorativa na AMAZON
Edição original, remix, em CD na AMAZON
dezembro 23, 2009
Kenny Kirkland
Uma perda irreparável!
Este disco é uma preciosidade. Ainda restam alguns usados a muito bom preço via AMAZON.
Este disco é uma preciosidade. Ainda restam alguns usados a muito bom preço via AMAZON.
dezembro 22, 2009
Marsalis Family
Branford Marsalis sax,Delfeayo Marsalis tb,Jason Marsalis bat.,Wynton Marsalis trp e Ellis Marsalis piano
A sagrada família de jazzman mais produtiva do jazz moderno, particularmente os dois manos Winton e Branford, aqui reunida num dos raros concertos em conjunto.
A sagrada família de jazzman mais produtiva do jazz moderno, particularmente os dois manos Winton e Branford, aqui reunida num dos raros concertos em conjunto.
dezembro 21, 2009
Steve Turre
Foi ao mar e vi um búzio...
Esta não é propriamente uma boa opção musical mas que é original, é.
Esta não é propriamente uma boa opção musical mas que é original, é.
dezembro 20, 2009
dezembro 19, 2009
dezembro 18, 2009
Joe Henderson & Herbie Hancock - Lush Life
Dois grandes do Jazz, meus companheiros de muitas horas de solidão acompanhada.
O som não está grande coisa mas a gravação é histórica. Concerto comemorativo do 40º aniversário do festival de jazz de Newport, realizado numa tenda nos relvados da Casa Branca a 18 de Junho de 1993.
Lush Life de Billy Strayhorn
O som não está grande coisa mas a gravação é histórica. Concerto comemorativo do 40º aniversário do festival de jazz de Newport, realizado numa tenda nos relvados da Casa Branca a 18 de Junho de 1993.
Lush Life de Billy Strayhorn
dezembro 17, 2009
Coltrane & Johnny Hartman
Rafael, em resposta ao My One and Only Love, apontou este clássico:
E eu, na mesma onda sugiro:
Com música a vida é bela!
E eu, na mesma onda sugiro:
Com música a vida é bela!
Chris Botti & Sting
Hoje, com muito prazer, vou abrir este espaço a duas sugestões que me agradam particularmente.
Ambas no mesmo sentido: O trompetista Chris Botti, que não conhecia, acompanhando Sting.
A primeira vem por via de ML, regular visitante e subscritora, um pouco avessa à música da surpresa mas com curiosidade crescente.
A segunda vem pela mão de um grande amigo e companheiro de músicas e vidas, Rafael, que me disse:
Aqui vai o My funny Valentine, pelo C.B e pelo "deus" Sting.
A loira charmosa que vês é a Truddy Styler esposa do Sting
Bourbon Street
My funny Valentine
Ambas no mesmo sentido: O trompetista Chris Botti, que não conhecia, acompanhando Sting.
A primeira vem por via de ML, regular visitante e subscritora, um pouco avessa à música da surpresa mas com curiosidade crescente.
A segunda vem pela mão de um grande amigo e companheiro de músicas e vidas, Rafael, que me disse:
Aqui vai o My funny Valentine, pelo C.B e pelo "deus" Sting.
A loira charmosa que vês é a Truddy Styler esposa do Sting
Bourbon Street
My funny Valentine
dezembro 16, 2009
Sting - My one and only love
Uma das melhores interpretações de Sting, na banda sonora de um dos meus filmes de culto: Leaving Las Vegas.
Branford Marsalis
Melhor é impossível. Não vão ver muitos vintes, mas este é um deles.
Yes and No de Wayne Shorter, num 4tet de luxo: Branford Marsalis , Kenny Kirkland, Bob Hurst , Jeff "Tain" Watts.
Yes and No de Wayne Shorter, num 4tet de luxo: Branford Marsalis , Kenny Kirkland, Bob Hurst , Jeff "Tain" Watts.
dezembro 15, 2009
Branford Marsalis c/ Sting
Um encontro de dois grandes músicos, em géneros diferentes, mas muitas vezes magistralmente combinados.
dezembro 14, 2009
Mahler - 8ª Sinfonia
Este post é dedicado aqueles que, como eu, acham as religiões, uma treta.
Mas o Homem viveu dessa crença religiosa durante milénios. Com ela evoluiu e criou civilização, muitas vezes com uma crueldade que os valores morais dessa crença condenavam. Mas quanta beleza foi criada pela inspiração do fervor religioso.
Que seria da musica sem Bach!?
Não é Bach que aqui decidi trazer, mas sim um excerto da obra de Mahler, de inspiração cristã.
Fantástico concerto da Orquestra e Coros de Paris. Transmissão MEZZO.
Ficha artistica:
Mas o Homem viveu dessa crença religiosa durante milénios. Com ela evoluiu e criou civilização, muitas vezes com uma crueldade que os valores morais dessa crença condenavam. Mas quanta beleza foi criada pela inspiração do fervor religioso.
Que seria da musica sem Bach!?
Não é Bach que aqui decidi trazer, mas sim um excerto da obra de Mahler, de inspiração cristã.
Fantástico concerto da Orquestra e Coros de Paris. Transmissão MEZZO.
Ficha artistica:
dezembro 13, 2009
Michael Brecker
A electrónica matou a criatividade? Não me parece!
Estou apaixonado por este instrumento.
Site do músico, infelizmente já falecido.
Estou apaixonado por este instrumento.
Site do músico, infelizmente já falecido.
dezembro 12, 2009
Patricia Barber - Danson la gigue
Uma das melhores vozes da actualidade. Excelente compositora e pianista. Patricia Barber no MySpace.
dezembro 11, 2009
Betty Carter
Talvez a única voz verdadeiramente original e criativa do jazz moderno. Nunca fez concessões tipo night club; bebop puro e duro.
Amazónia - Stop, don't cut down no more trees
Bruce Flowers - piano Neil Caine - bass Eric Harland - drums
Em Lisboa 1990 (Aula Magna?)- Um dos muitos registos que ocupam a videoteca da RTP e que morrerão por lá, muito sossegadinhos.
Volume um pouco baixo e fim inesperado mas vale a pena.
Amazónia - Stop, don't cut down no more trees
Bruce Flowers - piano Neil Caine - bass Eric Harland - drums
Em Lisboa 1990 (Aula Magna?)- Um dos muitos registos que ocupam a videoteca da RTP e que morrerão por lá, muito sossegadinhos.
Volume um pouco baixo e fim inesperado mas vale a pena.
dezembro 10, 2009
dezembro 09, 2009
Caetano Veloso
Ontem vi-o e ouvi-o, numa excelente entrevista com Inês Pedrosa que, suspeito, não estará disponível online. Tenho pena...
dezembro 08, 2009
Marta Hugon
Parece que ainda ontem era menina. Hoje é um caso de talento no jazz português.
Marta Hugon voz, Filipe Melo piano, Bernardo Moreira baixo, André Machado bateria.
Video Clip do álbum Tender Trap (Som Livre, 2006)
Marta Hugon voz, Filipe Melo piano, Bernardo Moreira baixo, André Machado bateria.
Video Clip do álbum Tender Trap (Som Livre, 2006)
dezembro 07, 2009
Chet Baker
Saudoso Chet Baker. A voz dele e o trompete, prolongamento da voz, a dizer tudo o que ficou por dizer.
dezembro 04, 2009
Roberto Fonseca
Mais um pianista oriundo de Cuba, profícuo viveiro de músicos.
Acompanhado por um grupo de talentosos compatriotas do qual destaco a musicalidade do baterista.
Festival de Jazz Sous Les Pommiers 2009, canal MEZZO
Acompanhado por um grupo de talentosos compatriotas do qual destaco a musicalidade do baterista.
Festival de Jazz Sous Les Pommiers 2009, canal MEZZO
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