abril 15, 2010

Louis Armstrong

Muito haveria que falar deste trompetista vocalista, e da sua carreira musical. Uma voz com timbre inconfundível, mais ninguém cantou assim. A nossa estimada ML, passou um link já há uns dias, que não me sai dos favoritos,  nem me canso de ouvir e divulgar. Armstrong canta com Danny Kaye, posso dizer que é uma verdadeira injecção de inspiração e boa disposição. Desfrutem....

When the saints go marching in (tradicional)

19 comentários:

Eurico Moura disse...

Satchmo, como era conhecido, é sem dúvida o maior ícone do jazz. Se fizermos um inquérito de rua sobre Louis Armstrong, mesmo as pessoas que não fazem qualquer ideia sobre jazz, responderão que se trata de um músico de jazz, e se ouvirem este tema "When the saints...", grande percentagem deles identificarão o cantor. Isto, muitos anos após o seu falecimento. É um fenómeno único.
Mas esta música, para mim, é arqueologia. Não me trás nada de novo...

Rafael Pereira disse...

Sem duvida que é musica datada, mas com alegria no trabalho!
Para mim boa musica é intemporal, oiço sem preconceitos, se me acrescentar algo de novo melhor, se não for o caso, limito-me a curtir descontraidamente...

ml disse...

Este aproveitamento cénico da canção é muito industrioso, uma espécie de conselho de estado do juízo final que discute quais os eleitos que vão “play on the day that the saints go marching in". Os próprios conselheiros não querem ficar de fora.

Não vi o ‘The Five Pennies’ nem sei se passou cá em Portugal e desconheço o resto da banda sonora. Às vezes as canções nada adiantam ao enredo, outras funcionam como corifeu, o que é muito mais giro.


http://www.youtube.com/watch?v=nIoTPzxBwHQ&feature=related

Rafael Pereira disse...

O baterista Ginger Baker é um bom exemplo de como o Jazz é um polvo que tudo abraça, vejamos, iniciou a sua carreira ao lado de Eric Clapton com os The Cream. Tocaram um género de rock psicadélico, mas rendeu-se ao jazz se não foi totalmente ficou com o bichinho e de que maneira!!! Tem um álbum fabuloso, de jazz mui fresco e moderno que aconselho, Coward of the County.

ml disse...

Nem me fale em polvo, sugam-nos e arrastam-nos para o fundo.

Houve uma altura em que eu ouvia muito este ‘Going back home’, até a vizinha de baixo gostava de ouvir através da lareira. Depois aquele som ukulele da guitarra começou a chatear-me um bocado e deixei.

Nunca fui muito à bola com psicadelismos na música, por isso os Cream não andaram pelas minhas playlists. Já na moda, havia umas roupas bem catitas. ;)

Rafael Pereira disse...

Sim conheço muito bem esse trabalho Going Back Home, que acho muito interessante, também passei muitas horas a ouvi-lo. Concordo em absoluto consigo realmente a sonoridade do Bill Frisell por vezes irrita, especialmente quando desvirtua por completo o som da guitarra. Não que seja um puritano mas aquelas guitarradas demasiado sintetizadas não faz o meu género. O nosso querido Eurico adora! Eu dispenso, quando se trata de um uso abusivo daquelas sonoridades.

Eurico Moura disse...

Estou um bocado perplexo com a proposta de ML. Será que o bichinho entrou? :0)

ml disse...

Pois... Tire o cavalinho da chuva, Eurico, o Ginger back home existe nesta casa desde que saiu. :P)
Isso é o equívoco e o pré-conceito de me ter rotulado a partir das minhas hierarquias do gosto.


Rafael, aquela ‘guitarra havaiana’ só mesmo os Shadows.
Pronto, tá bem, é uma heresia dizer isto.

Rafael Pereira disse...

Ml não consigo falar dos Shadows, foram uma banda que nunca acompanhei, só conheço uma música ou outra. São muito datados para mim...

ml disse...

Não se preocupe, Rafael, just kidding.
Uns rapazinhos com muitas guitarras, uma delas também vinda directamente de Honululu.

Imperdoável, a comparação... :)))

Rafael Pereira disse...

Para ser sincero ML desse tipo de guitarras como o ukulele, nem do nosso cavaquinho estridente gosto muito, gosto mais do "cavaquinho cabo-verdeano" utilizado nas mornas é bem menos estridente, por exemplo, o de Baú não sei se conhece

http://www.youtube.com/watch?v=HeeRl6kCZF4&feature=related

ml disse...

Como calcula, a música do Havai é também um dos meus amores do peito. Até pelas palmeiras... :(

Sim, conheço o Bau, já cá esteve. Adoro música de Cabo Verde, já falei disso aqui antes com o Eurico.

Um dia destes fui ver o Júlio Pereira, acho que não sabia dele há anos e perdi o rumo que tomou, mas não havia cavaquinho.

Rafael Pereira disse...

Cavaquinho qb com conta peso e medida ate se ouve, principalmente num registo etnográfico com é o caso de muitos dos trabalhos do Júlio Pereira.
Outro musico Português que tanto deu à nossa Historia foi Pedro Caldeira Cabral, homem profundamente interessado na nossa herança musical, sei que fez um trabalho digno de se lhe tirar o chapéu sobre guitarra portuguesa e guitolão, mas rapidamente caiu no silêncio.


http://www.youtube.com/watch?v=WPvWOSRMIFI

Eurico Moura disse...

ML: Não se abespinhe comigo, que eu sou como os drogados. Tudo serve para me desculpar a dependência e para tentar arrastar os outros para ela. Era até capaz de roubar as jóias da avozinha para comprar jazz.

Rafael Pereira disse...

...eu até ao ceguinho ou a caixa das esmolas da Igreja :)

ml disse...

Ainda tenho dois LPs em vinil do Caldeira Cabral.
Estes.

http://1.bp.blogspot.com/_58yGDPk6zBc/SX2yCJpdFqI/AAAAAAAAA_M/-

http://www.cdgo.com/capas_watermark/c_4107444.jpg

Desconhecia o que era o guitolão mas já fui ver. Nunca tinha ouvido falar.

ml disse...

Ena pá, ainda bem que me avisam. Vou já tirar a corrente que tenho ao pescoço e principalmente as minhas argolas, que sem elas nem me sinto eu.

ml disse...

أِورِكُ وَ غَفَيَال


Oh, when the saints
When the saints
go marching in
go marching in
When the saints go marching in
Oh, yeah
I wanna be in that number
When the saints go marching in

And when the saints
Oh, when the saints
go marching in
go marching in
Who's gonna play on the day
When the saints go marching in?

Well, Louis, I'll explain that
Now, the mostest and the greatest
From the oldest to the latest
Going to play in the band
In the great grandstand
When the saints go marching in

Louis, what about Brahms?
He laid no bombs

And Chopin?
Solid man

And Bach, that great old massa?
Yeah, that great old massa was a gasser

Yes, but Mozart the most with all he has
With the symphonies and operas and all that jazz
When the saints go marching in

Do you dig Rachmaninoff?
On and off

Rimsky?
Of course-ikoff

Ravel and Gustav Mahler?
Yeah, but don't forget Fats Waller
I wouldn't do that

Liszt has a twist that you can't resist
Yeah. Yeah. Put Liszt on that list

When the saints go marching in
Here we go, Louis
When the saints
Oh, when the saints go marching in
Look at this cat digging me
When the saints go marching in
Face and all
I wanna be in that number
When the saints go marching in

There's Saint-Saens
Saint-Saens c'est bon

And Georges Bizet
Très, très Bizet

Vieuxtemps, Suppe, Massenet
And Offenbach

Do you dig him, Jacques?
Very often

Well, Frère Jacques, Frère Jacques
I dig you, Jacques, I dig you, Jacques
Frère Jacques, Frère Jacques
Massenet and Bizet
Massenet and Bizet

I dig you, Jacques, I dig you, Jacques
Offenbach, Offenbach
Massanet and Bizet
Massenet and Bizet
Often, Offenbach

How about Wagner?
Devout!

And Haydn?
Who?

Joseph Haydn
Who?

Haydn!
Well, let him come out

Paganini
Rossini
Toscanini
Puccini

Khachaturian
Gesundheit
Thank you

And what's his name?
Mr. Veedle-de-zop

And you know that cat
Yes

Up too high
Or too low
Way up there
Oh, yeah

مَعَ اَلسٌالَمَة

Rafael Pereira disse...

Boa ajuda Ml, apanha-los por vezes é difícil, assim entende-se bem melhor :)