maio 21, 2010

Afonso Pais

Afonso Pais é mais um fruto da Escola de Jazz Luis Villas-Boas, prosseguiu os seus estudos nos USA e tem uma actividade musical e pedagógica intensa. Pela Europa já tocou nos mais conceituados festivais de Jazz, ao lado de nomes sonantes. Destaco também o seu trabalho com Edu Lobo, esse gigante da MPB que se rendeu ao evidente, o menino veio para ficar. Escreveram um tema em parceria Roda Dentada, e a consagração foi plena. Músico de grande carácter, personalidade e equilíbrio, habituou-nos ao mais fino e refinado jazz Nacional.
Aqui num dos mais importantes festivais de Jazz do país (Festa de Jazz do São Luiz) ao lado de uma cantora, também ela jovem e com muito talento apresento-vos Joana Machado.

Roda Dentada (Afonso Pais/Edu Lobo)

Joana Machado- voz
Afonso Pais- guitarra
Carlos Barreto- contrabaixo
Alexandre Frazão- bateria

5 comentários:

Eurico Moura disse...

O guitarrista safa-se bem. Tem nível.
A cantora até mete dó. E não me refiro à nota musical...

Rafael Pereira disse...

..."E não me refiro à nota musical"...

Li o teu comentário e pensei logo num clássico,

" Se você disser que eu desafino amor
Saiba que isto em mim provoca imensa dor
Só privilegiados têm o ouvido igual ao seu
Eu possuo apenas o que Deus me deu

Se você insiste em classificar
Meu comportamento de anti-musical
Eu mesmo mentindo devo argumentar
Que isto é Bossa Nova, isto é muito natural

O que você não sabe nem sequer pressente
É que os desafinados também têm um coração...."

Possivelmente não estava à vontade (eu gosto), ja ouvi coisas dela bem interessantes...

Eurico Moura disse...

Claro que ela também tem um coração e eu também, senão não seria dó que eu sentia mas sim vontade de atirar tomates...

Anónimo disse...

Sou o Afonso Pais, muito agradeço o post. Queria só deixar uma ou outra correcção: - Roda Dentada é um original de minha autoria, não uma parceria com Edu Lobo. Essa aconteceu no arranjo musical do tema de Edu Lobo "Considerando", que gravei no meu disco "Subsequências" - A escola Luis Villas-Boas, que sem dúvida nenhuma me iniciou nas andanças do jazz, não gera "frutos"; creio que a cronologia da nossa vida não reflecte a progressão da mesma. Constato regularmente a necessidade que existe de catalogar, justificar e circunscrever para valorizar ou apreciar... não me parece que seja um caminho para algum lado interessante, ou construtivo. - A cantora, Joana Machado, é um dos músicos de jazz mais bem preparados e imaginativos do seu instrumento, de qualquer instrumento, da sua geração. Parece-me de mau tom fazer uma apreciação superficial, tecendo comentários musicais que fazem jus a essa mesma superficialidade. Se por um lado o gosto é subjectivo, por outro a capacidade de avaliação e "insight" educa-se. Já a humildade...
Mais uma vez agradeço o post, sem ironia. Cumprimentos: Afonso Pais

Eurico Moura disse...

Afonso Pais:
Muito lhe agradeço a atenção que prestou a este modesto e livre espaço de opinião e as correcções que introduziu sobre o que foi escrito do seu trabalho. Como se refere no cabeçalho esta é a música que ouvimos. Estamos aqui como melómanos e no meu caso, não músico. Tenho muita admiração pela profissão de músico não só pela beleza que criam mas também pela coragem de se exporem à apreciação do público, quase sempre com pouca ou nenhuma formção musical. Deve ser necessária muita auto-estima para o fazer e enfrentar críticas, por vezes tão excessivas como aquela que, concordando consigo, aqui produzi sobre a prestação da cantora neste clip. Fui incorrecto na forma pois esqueci-me que não estava só com o Rafael e que a minha indelicadeza poderia chegar à cantora e aos seus amigos. Quanto ao conteúdo da minha crítica que apenas se dirigia a este clip, mantenho. Talvez por falta de uma adequada monição a cantora Joana desafinava, e era pena, face ao bom desempenho da banda. Assim peço que me desculpem a boçalidade mas não a minha capacidade auditiva. Admiro os músicos portugueses que se aventuram pela dificil opção do jazz num ambiente tão adverso e pobre mas isso não me reduz ao bairrismo e condescendência face ao trabalho produzido e mantenho este blog aberto a todas as opiniões, minhas e dos que nos dão o prazer de nos visitar, sem moderação de comentários.