The Band, para muitos tiveram um papel de segundo relevo na cena country/rock/folk Norte Americana. Oriundos do Canada, procuraram o seu lugar ao sol na década de 60. Como banda nunca chegaram ao estrelato, mas andaram lá muito perto. Trabalharam como banda suporte de Bob Dylan e com ele gravaram Blonde on Blonde e The Basement Tapes.
Martin Scorcese realizou um documentário chamado "The last Waltz" inteiramente dedicado aos The Band. Podemos vê-los a tocar com as maiores estrelas da pop, rock e do blues.
10 comentários:
Acho que foi a partir daqui que a paixão musical da minha vida, o Bob Dylan, se foi. Agora anda outra vez incensado por quem o redescobriu, mas para mim já era.
Queixa-se muito de uma coisa que o Eurico refere no post sobre os Moody Blues, que as pessoas querem ouvir sempre os mesmos arranjos e ele não está para isso. Será, mas é apenas meia verdade. As canções passaram de repetitivas (que nunca o foram totalmente) a horríveis, irreconhecíveis, tanto assim que já lhes deu outra volta novamente. Aliás, muitas voltas. Quando se fala desta ou daquela é preciso saber a que versão se refere, quase não têm nada a ver umas com as outras.
Tive o azar de ir vê-lo a Cascais no auge do ‘transformismo’, mas o ‘The Last Waltz’ adorei, assim como o outro documentário do Scorsese, ‘No Direction Home’.
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Este para mim é terreno minado. Destes nem nunca tinha ouvido nada...
Noto aqui um cheirinho a country e isso eu detesto mesmo! Mas tudo bem... :o)
ML:
Quanto à repetição fico sem saber se é o público que quer que nada mude ou se é mesmo falta de criatividade.
Eu sei que há excepções, mas penso que o country foi mostrado 'ao vivo' pelo Robert Altman no filme 'Nashville'.
Depressing. A América no seu pior.
É a saloiada americana. Contrariamente ao que muitos pensam gosto do que vi nos USA, California.
Tenho lá amigos e podia ter la´ficado a trabalhar em audiovisuais há 29 anos. Mas aquela malta conservadora, ignorante e tacanha que elege Bushs tira-me do sério e o country é a sua melhor expressão.
Contrariamente ao que muitos pensam gosto do que vi nos USA.
Posso estar a ser muito radical, mas é uma questão de inteligência saber distinguir uma coisa da outra, e acaba por se cair na armadilha da pescadinha de rabo na boca. Não se consegue sair do raciocínio primário porque a massa cinzenta não tem grande elasticidade, e não se treina a elasticidade porque não se sai dos raciocínios mais básicos.
Eu andei um anito ali pela costa leste, Rhode Island/Massachusetts/Connecticut/Nova-Iorque, e adorei lá estar. Ninguém tem só defeitos nem só qualidades, e o mesmo se aplica às sociedades. Paisagens lindíssimas, áreas cuidadas, gente muito organizada e sociável, meticulosos na preservação da ‘heritage’, ali predominantemente calvinista e índia. Posso dizer mesmo que foi das experiências mais interessantes da minha vida, e penso lá voltar um dia para revisitar pessoas amigas e lugares.
Não é uma zona em que o country se faça ouvir muito, pelo contrário. Nos bares e clubes ouve-se muito mais jazz&outras músicas, embora na rádio existam canais dedicados exclusivamente ao country, como é inevitável em qq lugar dos Estados Unidos.
ML:
A verdade é que há uma grande diversidade de Estados USA, e penso que muito por lá está a mudar. Mas aquela influência evangélica...
Eu podia lá voltar as vezes que quisesse. Estou sempre a ser convidado para S.Diego e Miami, para onde só pagava as viagens, e ainda tinha hipótese de ganhar dinheiro com a minha arte. Mas agora, como em tempos, a tentação de ficar seria grande e não pode ser.
Naquela zona há muitos católicos também, a começar pela fortíssima comunidade portuguesa, essencialmente açorianos que chegaram de início para a pesca da baleia. E irlandeses. Engraçado é que nalguns cemitérios, com talhões para todas as religiões, os portugueses são normalmente enterrados na zona irish por causa disso. E também há muitos de origem canadiana do Quebec, foi só descer um bocadinho.
Mas claro que predominam os protestantes, mas não me pareceram já muito 'calvinistas'.
Interessante. Os irlandeses estão em força aqui no Algarve e os portugueses vão para lá às centenas. Com a crise nem sei o que vão lá fazer...
http://www.mundoportugues.org/content/1/3247/emigrar-hoje-portugueses-irlanda/
Com a crise nem sei o que vão lá fazer...
Repare que aquele comentário é de Setembro de 2008, ainda o mundo em geral e a Irlanda em particular eram um mar de rosas...
Os emigrantes portugueses menos qualificados têm tido alguns problemas é na Irlanda do Norte, apesar de se terem instalado precisamente junto deles nos bairros católicos. É o mesmo paradoxo de sempre, os irlandeses sentem que os imigrantes vão tirar-lhes postos de trabalho.
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