Tocou a Portugalidade como ninguém, faz parte do nosso imaginário colectivo. Coimbra Mondego, Lisboa Tejo, e as eternas gaivotas, são tudo o que me trás à memória este ícone da nossa musica. Quanto a mim ultrapassou as barreiras do fado, alias no meu entender, falar de Paredes não é de todo falar de fado. Penso que seja um erro associa-lo directamente a este género de musica. Paredes foi bem mais que isso! Dizem que era uma pessoa muito simples, tímida ate, trabalhou toda a vida como administrativo num hospital publico Português, parece mentira mas com aquele talento todo nunca quis voar mais alto, para uma carreira profissional. Era inseparável da sua guitarra, detestava viajar separado dela mesmo em digressão. Deixou um legado vastíssimo, as suas composições são frequentemente tocadas pelos seus discípulos e não só. Ate teve uma experiência não muito bem conseguida no Jazz com Charlie Haden.
Quem não conhece o tema Verdes anos?
7 comentários:
Sim, quem não conhece?
Adoro comparar covers com o original. Muitas vezes nem vale a pena, ou porque apenas imitam - mal, geralmente - ou porque não conseguem acrescentar nada.
Acho que não é o caso do Pedro Jóia.
http://www.youtube.com/watch?v=gT8STvcEKHo
Bom. Isto é outra conversa. O tema está lá, e o flamenco, que eu adoro, também, mas a alma lusa, de que o tema de Paredes é ícone, se foi...
Sim, li em qq lado que ele não se atreveria a pegar na guitarra portuguesa. Além de ser de formação clássica, o Carlos Paredes fixou o padrão.
Só coloco algumas reticências é à alma portuguesa... Há menos de 100 anos, antes de o fado sair das tabernas de Lisboa, a alma era outra.
Nada de mais, só a mudança permanece.
E pelo caminho que isto está a tomar ainda vamos ter o Flamenco como música nacional. Olé!
E cantar o ‘Cara al Sol’.
Preferia ir viver com os pinguins algures no pólo sul, do que a ter Espanholada cá outra vez, a mandar na nossa cultura e sobre tudo no nosso País.
Os arquétipos culturais lusos devem ser defendidos, Espanholada nesse sentido, não obrigado!
E não é uma posição racialista, mas entendo que há particularidades a serem preservadas entre os povos e a cultura ancestral é uma delas.
Eles que fiquem com o flamengo, que ficam muito bem.
Para meu espanto anda para aí uma onda de indiferença quanto ao significado que os castelhanos dão ao iberismo, 'se os espanhóis vivem melhor, porque não?', bla bla, como se isso fosse tudo.
Eu sei que somos ambos povos ibéricos, e eu até tenho ascendência galega (eles pp não se consideram lá muito espanhóis), mas os hermanos que fiquem lá e nós cá. Mandem-nos o queijo manchego, as paelhas, o Cortés e até os caramelos, que nós trocamos por Vista Alegre e outras coisitas de que eles gostam.
Se as autonomias querem sair da alçada de Madrid, porque raio havíamos nós de lhes dar voluntariamente o que os Reis Católicos não conseguiram ter?
:((
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